Sobre o primeiro beijo...

Sol

Dormia um sono surdo;

sono justo,

diminuto,

quase morte,

confusa morte, sustenido,

quase fuga, sem sentido,

era grave... porém breve.

Acorde! Sentiu baixo. É o Sol!

Pausa... é o Sol!

Seu coração ritimiu, aumentado,

com sentido riu, sem compasso,

despertou e viu o meio dia

e um belo sopro bemolado

lhe acertou a face! Quem diria!

Agora ouvia a melodia,

mas não a via, desarmado;

não a via, embaraçado;

não a via, encantado;

havia sim, o entortado,

porque não havia como ver,

a cor do amor desacordado,

a cor do amor,

acorde amor...