Ideal
Não amo o que tu és,
tampouco o que falas;
Amo o botão que acelera minhas partículas,
ao acordar na fonte as minhas águas raras!
Não amo a cor dos teus olhos,
tampouco o tom de tua pele;
Amo o toque sutil de teu olhar,
tocando de leve a minha epiderme!
Não amo o teu cheiro,
tampouco teu gosto de fruta madura,
Amo o ar que respiras,
a combalir de vez com minha tessitura!
Amo o tom de tua voz
ao tocar os meus sentidos,
E ainda que digas não... É sim!
O que queres dizer aos meus ouvidos...
Amo a sutileza de teu ser em substância,
não o que és, mas o que acredito
que venha a ser... a tua essência!
Enfim, amo-te porquê te amo!