As lembranças, não morrem.

O tempo apaga, cicatriza, corrige.

Mas as boas lembranças, não morrem.

E foi exatamente o que aconteceu.

Entre você e eu.

Você apenas saiu, tentando me esquecer.

Querendo apagar o grande amor, da sua vida.

Correu, fantasiou, tentou viver.

Aumentando no seu peito uma ferida.

Eu fiquei para trás, sofrendo, chorando.

Perdido, sem um pedaço de mim.

Magoado, querendo acabar com o mundo.

Procurando um novo caminho, me culpando.

Então, eu acabei encontrando uma nova luz.

O barco da minha vida, aprumou de vez.

Me segurei, como um desesperado.

Alguém apareceu, estava sorrindo ao meu lado.

Ainda doía no meu peito, o coração.

Mas agora, eu estava seguro, firme com a minha mão.

Sorrindo, aliviado, abrindo o peito, a uma nova esperança.

Leve e solto como uma criança.

Lembrar de você, não posso negar, ainda lembro.

Mas já é passado, passou.

Eu estou vivendo um novo amor.

As boas lembranças não morrem.

Nem devem morrer.

E, quando se viveu um grande amor.

As lembranças...

definitivamente, não morrem...

Manaus, 04 de janeiro de 2014.

Marcos Antonio Costa da Silva