Estava apenas pensando... nada além me ofuscava

Estava apenas pensando... nada além me ofuscava

Concentrado, os pensamentos não se continham

E o vago momento aberto á felicidade escapara

E correra numa direção confusa, distante da alegria.

Via meu amor, alegre... até uma caipirinha rolava

Não sei bem de onde saía tanta energia...

Sua gana por amor era tanta... seu corpo tremia.

Parecia, uma soma de sorte lhe tomara a cabeça

E o amor todo espalhado, distraía, desconversava

Atrapalhado, desatento, rude e retraído o vento despejava...

Seu desejo parece não querer lembrança do seu amado

E o sangue sobe á cabeça e as veias aquecidas

Fervem de vontade de voar, de corar nuns braços... esquecida.

Para muitos o sonho é como alma lavada

Reconhecer um monte sem nunca ter escalado

É puro dos abertos á pureza dos encantos á volta.

Um amor vivido e com tatuagem no coração

Jamais desperta sem vontade de saber o seu estado...

O beijo, mesmo aquele, sem a expressão do cheiro inteiro

É lembrado como se fosse o último dos suspiros de uma vida.

Estava apenas pensando... nada além me ofuscava

Se eu acreditasse na chegada do amor inesperado

Onde os pensamentos se tornam alienados

E se dispõem como corrente a uma só direção

Tolerantes com o absurdo e, se vendem, por uma simples saudade

Não me meteria com a doce prova do seu beijo...

Ter um amor como remédio continuo

Não depende somente da necessidade aberta

É imprescindível, a amada, se prestar disposta

Ao encontro com o pleno da vontade conquistada.

O amor a um passo do desejo cobiçado

Não deve ser parceiro de uma fonte sem luz.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 29/12/2013
Reeditado em 29/12/2013
Código do texto: T4629129
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