Prisioneiros de nós.



A nuvem que chega
Apraz o calor do sol.
A chuva que desce mansa
Revigora a terra ressequida.
A tempestade que surpreende,
À vezes,  provoca morte e dor,
Mas a brisa depois retorna,
E anestesia as feridas.
Assim mortais viandantes,
Vivemos as vicissitudes
De nosso centro gravitacional
Inconstante devaneios.
Implosão de sentimentos,loucos;
Prisioneiros de nós.
Obstinados navegamos,
Nas turbulências das dores,
A declararmos amores
Sem nos importarmos,
Como,
Onde,
E quando ancorar?
O que ainda resta de nós...