ALGUÉM PODERIA ME AJUDAR?
Me respondam:
O que eu faço
com um amor enraizado...
que obstrui todos os meus poros,
mesmo quando eu lhe imploro
para enfim se evadir?
Há como o impelir?
Mas enfim...
Que amor é esse?
É eterno o meu deleite...
Não consigo definir.
Que entorta os meus ossos,
me transforma em destroços...
e que apesar dos meus esforços,
insiste em me sucumbir!
Um amor tão apertado,
que apesar de abstrato,
rege todos meus contratos
sem deixar me redimir.
Me respondam:
O que eu faço?
Se me prende em forte laço,
desvirtua o meu espaço,
e me tira do compasso ,
em apenas um abraço?
Tatuou meu pensamento...
nossos melhores momentos,
não me deixam nem dormir!
E que ri do meu pecado,
Maltrapilho e malfadado,
no qual não posso prosseguir!
Também nega a minha entrega
me sugere não ter pressa,
para um dia, então fluir.
Meu pedido, não é a toa!
Eu pareço uma gangorra
Vou e volto sem partir...
Parto o amor em mil pedaços...
Por favor...
-aceitem um trago!
E me digam...o que eu faço?
Se sentirem o que sinto,
neste triste labirinto,
todo o fel do absinto
de não conseguir fugir!
E eu lhes juro!
Não sou brega,
-Quiçá...eu seja poeta!-
Eu só quero dividir.