A razão do amor...
Minha boca disse não
mas meu coração pulava e gritava sim.
Queria aquele último abraço
como o primeiro envolto em encantamento.
Eu não o reconhecia, embora tivesse o mesmo andado
tivesse a mesma feição e o mesmo cabelo bem tratado.
Ele agia como se não tivesse raízes
como se fosse um estranho me exigindo uma resposta,
me falava dos teus sonhos futuros onde talvez eu fosse só pó
e eu me perguntei, onde ficamos numa ilha a sós?
minha garganta prendia os não's que me sufocavam
e quando ele se retirou escorreram sim's em mim.
Eu queria a mistura dos dois no último beijo
mas fui covarde, me esquivei do que poderia quebrar meu gelo.
Ele, antes de partir colocou um sorriso no rosto
como se pudesse demonstrar sua real verdade.
Partiu, e eu não quis, não pude segura-lo
já não cabia a mim atá-lo.
Ama-lo era fato, ou quem sabe acaso.
Meu príncipe não era nem sapo, muito menos encantado.
Queria dizer sim, mas as lágrimas futuras de não
eram mais ácidas se eu escutasse
somente a voz do meu tolo coração.
29/08/13-GYN