PESA DEMAIS LEVAR NA ALMA

não verei tampouco a morte chegar

indefinido e sujeito ao mau tempo

meu rosto permanece pedra na montanha

e todo o arroubo de organizar crepúsculos

é mero entretenimento de suicida

o corpo desconjuntado quer você

mas o que sobra acesso nas fotos

que respondem exclamações de cólera

independente do terno que coreografa

a solidão mais escura dos erros

que jurei não cometer

mas me esperavam na curva do destino

empunhando o testamento negatório do amor

que me deixou sem o viço do seu sexo

porque o perdão pesa demais levar na alma