O Trajeto

Uma gentileza de fim de tarde

E oração bendita,

Dedico a ti sua menina bonita!

Branco vestido, sempre a cintar

Tira o fôlego dos rapazes ao passar

Ah Sinhá que fizestes pra ser tão bela?!

Antônio Andorino não para de te admirar,

Espera o bonde das dez da manhã, só pra te observar!

A parada dele seria dantes,

Mas para contemplar sinhá um pouco mais

Acha de descer na sua estação

Sem que a bela moça perceba anda meio que de soslaio

Respirando e suspirando as essências de Ylang Ylang, Jasmim e

Neroli di Grasse que menina romântica exala ao vento

As marocas da Rua 13 já estão a bizoiar

João Andorino e sua andanças atrás de Sinhá tão dando o que falar:

–O que tu fizestes moça para arrebatar o coração deste pobre homem?!

Ninguém nunca descobriu,

Mas num dia ensolarado como de costume,

Na mesma hora, local e atitudes,

Sinhá tropeça no batente da calçadinha da cafeteria

E lá estava Antônio Andorino para levantá-la

Mesmo com os batimentos a mil, o rapaz ajudou-na

Ela com gestos de agradecimento lhe soltou um sorriso

E perguntou qual sua graça e frisou nunca o ter visto

Sendo que para Andorino Sinhá era uma bela conhecida

De suas andanças e nenhuma investida,

Ficaram de conversa, ela iria o cumprimentar

Para seu caminho continuar

Antônio nervoso e e comum gesto impaciente

Disse a menina que a conhece e a amou desde sempre

Assustada pergunta como isso poderia acontecer:

–Um desconhecido, assim não pode ser!?

Ele falou palavras doces, explicou a situação e a chamou para

Um café na Rua da União, ela atordoada, mas aceitando

Falou suavemente: –Vamos!

Sinhá uma moça romântica, ouviu seu coração

Ao convite de um simples café, acelerou de satisfação

Tempos por vir Andorino deixou de platonizá-la,

Bombons e flores eram sua pedida

Aportou seu amor dentro de Sinhá,

E como âncora fixou estadia por um ano

Céu azul...ondas do mar...briza leve...sol poente

Configurou o casamento, tão idealizado por Andorino

Sinhá nesta altura estava tão arrebatada de amor

Que uma singela lágrima saltou de seus negros olhos

Selada união...

O Beijo...

O começo...

E aquele cenário os convidando

Para um mergulho numa união sem fim...

J Di Castro
Enviado por J Di Castro em 07/08/2013
Reeditado em 07/08/2013
Código do texto: T4424374
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