Rendendo-se ao amor

Rendo-te, amor, aos teus encantos,

Aos teus olhos e aos teus mantos...

Que vestem e revestem os meus desejos,

Que me banham de sonhos em silêncio

E assim, se emanam luz ao meu pobre coração.

Rendo-te, amor, porque já não consigo mais...

Esconder n’alma o que, em parte, me tira a paz...

O que me sufoca, me desatina, me fere, me faz e refaz...

O que muitos por aí chamam sutilmente de "paixão".