PORTO SOLIDÃO.

Pouco caso

ou descaso,

são coisas do acaso;

os sim's criam alternativas;

e os nãos adversativas;

entre eles o vácuo

e a imensidão das dúvidas;

o eco se refaz

certo momento alguém caí.

Se a pergunta não tem volta,

o deserto se anuncia;

a chuva se distância;

e o vento levará

todas as lembranças

de outros dias.

Ficamos à margem

de um rio

chamado desespero;

com ondas de solidão,

um com os remos

outro com o barco;

sem solução.

Sentam-se e choram,

sem acharem uma saída;

pois as palavras que não foram ditas

edificaram o porto de suas vidas.

Ficam agora os dois

a espera de chegadas

e partidas;

e o silêncio se faz

no cais e na vida.

carllo acosta
Enviado por carllo acosta em 27/06/2013
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