AS ONDAS E O CAIS

AS ONDAS VERDES DO MAR

SE ENCONTRAM NAS PEDRAS DO CAIS,

CANSADAS DE TANTO ESPERAR,

OUVINDO SUSPIROS E AIS.

DE QUEM, COM OLHAR SOFRIDO,

VÊ O AFASTAR COMPRIDO

LEVANDO NO BARCO, INCLEMENTE,

AMOR QUE OUTRO ALGUÉM SENTE.

CÉU E MAR SE ENTRELAÇAM,

NO FINAL LÁ DO HORIZONTE,

DEIXANDO O CHEIRO DO ABRAÇO

DAQUELE AMOR DE ANTEONTEM.

LÁ VAI SEU MARUJO POR MARES

RESPIRAR POR OUTROS ARES,

SE ENTREGAR, QUEM SABE, A OUTRO,

NOVO AMOR EM CADA PORTO.

AS ONDAS TORNAM A VOLTAR.

VÃO, DE NOVO, SE ENCONTRAR,

NAS PEDRAS DE UM NOVO CAIS

LEVANDO SUSPIROS E AIS

LEMBRANDO, ASSIM, AO MARUJO

DO ANTIGO AMOR, LÁ PRA TRÁS.

QUE FICOU TAL QUAL MARISCO,

NAS AMARRAS DO SEU CAIS

Amelius
Enviado por Amelius em 18/06/2013
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