FANTASIAS

Por que quando muita só penitencio-me, sempre,

Por externar meus sentimentos tão abertamente,

Por desejar, sinceramente, sua presença junto de mim,

Reflito, não há porque, pondero, ou talvez sim, muitos porquês,

O porquê dos desejos,

O porquê dos abraços,

O porquê dos beijos,

O porquê das emoções,

Inevitáveis, quando totalmente possuídos pelo querer,

Para os racionais, que dizem planejar o sentir, talvez não,

Mas para os sonhadores, tolos, que vivem da e com a emoção,

Que permitem que a sensibilidade conduza suas ações e desejos,

Claramente que não, impulsivos entregam-se e doam-se com prazer,

O prazer dos momentos, mesmos que pequenos, os satisfazem,

Escrevem nas poesias e nas páginas dos romances, seus sonhos,

Quase nunca realizados, apenas vividos nos sonhos, intermináveis,

Saindo da reflexão, volto ao questionamento, sempre tão intenso,

E concluo, comigo mesma, viva e deixe acontecer todo prazer,

Que traz as surpresas delicadas, vividas pelos jovens, tão criativas,

Que faz o dia acontecer inteiro, com mais alegria, serenidade e paz,

Com a lembrança prazerosa, dos caminhos trilhados ardilosamente,

Permitindo acontecer encontros com sensações e trocas silenciosas,

Que preenchem toda falta do contato, em profundo abraço mental,

Respondendo a minha lista de porquês, pergunto-me, para que?

Se houvessem o preenchimento dos porquês, continuaria o querer?

E em questionamentos e sonhos, permaneço na fantasia.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 01/05/2013
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