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OÁSIS

Caminhos incertos te levam a lugar nenhum
Dias insípidos e opacos, sem perfume e sem cor
Barulhos estrangeiros inquietam tua alma
Melodia não há...
 
Rostos esquálidos esbanjam sorrisos sem vida
Palavras inócuas perdem-se no vazio, inertes
Jogos de poder no tabuleiro gasto de cartas marcadas
Ausência de emoção...
 
Corpos viciados perdem-se na mesmice do ato
Desejos amontoados nos cantos do instinto
Escorrem pelas valas da necessidade
Gozo sem paixão...
 
Em meio às brumas do desalento, avista-me
Cá estou vestida de simplicidade
Plena de amor, recebo-te sem medidas
Tudo em mim pulsa por ti...
 
Em meu regaço aninha-te e entrega-te
Bebes de minha fonte perene
Sacias tuas sedes, banha-te nu
Sou abundância...
 
No frescor de minha tenda repousas
Entre aromas e sabores, refestela-te
Na aridez desse deserto infértil
O calor emana de nós....
 
Emaranhados nos laços sem nós
Reconhecemos-nos em silêncio
Sob o manto que cobre a solidão
Teu oásis sou eu...
 
 
 
 
 
BETH LUCCHESI
Enviado por BETH LUCCHESI em 14/04/2013
Código do texto: T4240399
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