Cintilante.

Sinto tantas saudades daquele tempo outrora,

Pela tarde caminhávamos, em um bosque a namorar,

Encostados em uma arvore, juras de amores a pronunciar,

Daquele belo sol da tarde, nos seus olhos a brilhar,

O tempo maroto passava, sem a gente perceber,

E a noite já chegava, fazendo a gente se lembrar,

Que você tinha que ir embora, pois seu pai já iria chegar,

Da janela da sua casa, você me olhava se afastar,

Eu voltava aquela arvore, para aquele nosso lugar,

Pois ali ficou seu cheiro, e dali eu podia olhar,

Você linda na janela, de camisola demora ir deitar,

Eu esperava pacientemente, o seu sono vir,

A noite ia seguindo e deixava só recordações,

De nos dois pela tarde, as promessas a jurar,

Derrepente a luz de seu quarto se apagava,

E de sua janela não mais a via, e deitava ao pé da arvore,

A observar, as estrelas no céu a vagar,

Seu brilho cintilante era como seu olhar,

O sono ia chegando, com a brisa a murmurar:

Dizendo no meu ouvido, meu amor, para sempre vou te amar.