M e n t i n d o
Nada de você em mim morreu .
Tudo em mim, inda traz do seu eu
A voz, o toque, o ardor, a chama . . .
Chamam para mais viver o amor !
Embora negue-me tanto querer,
As tua amarga ausência faça-me sofrer ! . . .
Não importa!
Se a ti fecho a porta da rua, minto.
Sem travas, o corração se arraza. . .
Meu corpo queima, em brasas !
São tantas as saudades tuas
Nas noites frias, nuas !
Sinto-me só !
Lasciva, sem pudor, em cinzas peno !
Dilacero, inflamo, queimo e clamo!
Resta o pó...em chamas,
Mentindo . . .
. . . que não sofro, só!