Eis que te amo

São teus olhos capazes de abrasar feito lumes

como de estrela em que na terra pousaste um dia

flor viçosa, rosa agreste de ingênuo e suave perfume

Deidade revivescida, na boca minha, a ambrosia.

Eis que te amo, com toda flâmea, pleno de luz e devoção

fada de lábios vermelhos, pulso de paixão ao teu beijo

hão de cantas as flores, aos acordes da lira e do meu coração

e o inefável canto já dizia, assim gorjeava a cotovia, palpitando o desejo.

Por mais que me tenha, não há uma só razão para o quanto lhe quero

nascer para viver e desta arte buscar o amor e teu nome sigo

bem cuidarei para que o sol continue a brilhar, assim espero

por tantos dias estivera em minha vida, a que a distancia é vencida, digo.

Que te amo, mais estável, agora belo e cristalino

e sempre a revigorar, com novos sonhos a desdobrar a energia

e na noite quando as estrelas riscam na escuridão nosso destino

e no dia quando o sol clareia refletindo na vida nossa poesia.

Que em vivo ardor cada hora meus olhos a de lhe mostrar

que todo bem já consistia num gesto, claro indício de suave rigor

sinto em nós dois, ébrio de amor, um céu a brilhar

a existência, tal expressão de luz, rompendo as brumas, o amor

Chagas Neto
Enviado por Chagas Neto em 01/02/2013
Código do texto: T4117792
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