MEMÓRIAS DA PELE
Quero expelir do teu corpo desejos
Vontade plena de sentir-se entrega
Comportamento vil, querer insano
Quebrar teu gelo, teus medos, tuas regras
Satisfazê-la os anseios, os caprichos
Teus entendimentos e mudar teu gosto
Tatuar tua pele com marcas próprias
Ferver teu sangue, rubrar teu rosto
Ouvi-la ofegante anunciar teu cansaço
Todavia, sôfrega, não se dá por vencida
Quer sentir-se no céu, ir além mais
Na leveza dos versos, na razão da tua vida
Vou riscar tua pele de cima a baixo
Mordiscar teus lóbulos, teus bicos
Tornar primitivas as suas sensações
Explodir emoções, expor os teus riscos
Tê-la absoluta em desejo e instinto
O ápice é relevante e não os seus meios
Os tabus foram rasgados, quebrados
Não nos restou forças! Apenas anseios.