Carências.

De que adiantam as belezas do universo,

As rimas dos meus versos

E os incontáveis encantos do mar?

De que adiantam o sol de verão

Os versos da minha canção,

E as inócuas despesas de bar?

De que adiantam o sorrir da primavera,

Os encontros com a galera,

Tanta vontade de viver?

O que me importa se caem folhas no outono

Se tudo isso me dá sono

E quase imploro pra morrer?

De que adianta lhe querer tanto no inverno

Se isso arde no inferno,

Que é a ausência de você?

De que adiantam as rosas e os brilhantes

Os meus risos “diamante”,

Se não tenho a quem sorrir?

De que adianta eu desejar um lindo dia

E que a vida me sorria,

Se você não está aqui?