DE TODOS OS MODOS
DE TODOS OS MODOS
Céus entre as nuvens
Passos salgados
Nos lagos
Antes doces...
Tudo nem sempre são flores
Ainda há um espinho no solo do coração
Vez em quando sonho contigo
Ainda me perco nos detritos
Da solidão.
Ventos aventureiros das saudades,
Ainda implodem uma emoção
Corro de todos os modos
Na avenida da rotina
A poeira da fantasia
Insípida cobre os porquês
Onde andará você...
Vestido de amor ou de dor,
Caminhando rumo ao sol...
Nossa história chegou ao fim!
Feito as queda das folhas do outono
Um vazio, um ano...
Mais um rabisco no silencio,
Mais uma lua nova, uma estrela
Banhando-se no oceano...
E o aço das horas frias,
Martelando o toque de tudo que fomos...
A briga entre os muros da poesia,
Às vezes a dor, às vezes o riso,
E o estalo dos mesmos versos,
Vestidos de amor.
No percurso das mesmas velas
Ainda velejo,
De todos os modos...
Nos mesmos ventos,
Sinto você.
Poesia Marisa Zenatte
* Direitos Reservados