À espera do tempo
Chegou o tempo
Que trouxe o vento
Que não trouxe você.
Só trouxe a chuva
Que meus olhos lagrimam
Com o amargo sabor
Do mais longo abandono.
O vento levou pra longe
O tempo do nosso amor;
Açoutou minh’alma,
Cavou meu abismo,
Negando a nós dois
Ficarmos mais perto.
E fez a saudade
Parecer maior...
Malvado vento!
O tempo que tudo cura,
Ele em mim não curou nada...
Dói demais dentro do peito
A dor de você distante
Lembrando de mim agora.
Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta a dor no peito
E a angústia da longa espera.
O tempo não cura nada...
Malvado tempo!
Vou esperar outro tempo,
No meu canto aqui bem quieto,
Que traga você um dia
Ainda muito mais bela
No sopro de um outro vento.
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Que trouxe o vento
Que não trouxe você.
Só trouxe a chuva
Que meus olhos lagrimam
Com o amargo sabor
Do mais longo abandono.
O vento levou pra longe
O tempo do nosso amor;
Açoutou minh’alma,
Cavou meu abismo,
Negando a nós dois
Ficarmos mais perto.
E fez a saudade
Parecer maior...
Malvado vento!
O tempo que tudo cura,
Ele em mim não curou nada...
Dói demais dentro do peito
A dor de você distante
Lembrando de mim agora.
Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta a dor no peito
E a angústia da longa espera.
O tempo não cura nada...
Malvado tempo!
Vou esperar outro tempo,
No meu canto aqui bem quieto,
Que traga você um dia
Ainda muito mais bela
No sopro de um outro vento.
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N. do. A. - Na ilustração, Beleza no Poço de Guillaume Seignac (França, 1870-1824).