SONETO SEM INSPIRAÇÃO
Cibele Carvalho
 
 
 
Minha inspiração sucumbiu.
 
Agora, jaz, num canto qualquer.
 
Não sei onde foi que caiu,
 
nem por que caiu, sequer...
 
 
 
Deve estar num desvão isolado
 
do meu coração apaixonado
 
ou talvez tenha deixado
 
no corpo do meu amado.
 
 
 
Pode estar na espera angustiante
 
de que chegue o mágico instante
 
de não ter de esperá-lo assim...
 
 
 
Certamente estará ao seu lado,
 
quando o vir chegando apressado,
 
pra ficar, pra sempre, junto a mim.
 
 
*****
 
RJ, 28/03/11