O QUE É AMAR

Se um dia ouvires suaves pancadas

A bater de leve em um lugar qualquer

De início emocionam, amedrontam

Depois te fazem perder a razão,

Esquecer o nome, o dever

Um juramento feito, um defeito

Fazem lembrar de um rosto

Ouvir gritos no silêncio

Vozes caladas a falar

Murmúrios entre barulhos

Saudades de um sorriso

Vontade de encontrar alguém

Que há muito partiu pra não mais voltar.

Desejo de estar perto sem estar

O encontro de um olhar

Sorrisos, sem razões aparentes

Desejos inimagináveis

Madrugadas sem sono

Necessidade de falar, ainda que bobagens

Desejo de ouvir uma ciosa qualquer

Segredos pra contar, fortes sensações

Frios inesperados desejos secretos

Mãos a suarem sem razão nenhuma

Calor a todo momento sem parecer

Vagar de pensamento em pensamento

Sem se encontrar nem se perder

Alucinações desejos mil

Ser nada e tudo ao mesmo tempo

Perder-se pra depois se encontrar,

Sentir necessidade de estar sozinho

Não encontrar um lugar perder o caminho

Ser tolo e bobo achar tudo belo

Provar dissabores sem preocupações

Esquecer de amar perder as razões

Desenhar na areia ou mesmo no ar

Não ter um norte nem se preocupar

Desejar estar longe de tudo que há

Da vida moderna, das pessoas, de tudo e de todos.

Amar é perder-se não se encontrar perder o caminho

Sentir perfumes de flores em todo lugar

É ser inocente na arte de amar

Querer ser feliz. “Nada mais que amar”.

Carlos Silva

Pedro Avelino -RN- 29-03-2012.

carlospavelino
Enviado por carlospavelino em 29/03/2012
Código do texto: T3583322
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.