TEMPO...
TEMPO...
Se é noite ou madrugada, nem sei ao certo
Certo estou, é que meu sono se foi,
Tua indiferença me tirou o gosto pela vida e o sono
Minha vida tornou-se insípida, sem tua presença.
Nada me é agradável, por isso sofro.
Se ao menos encontrasse outros prazeres,
Mas minha vida de repente deixou de existir
O belo desfez-se, o brilho foi ofuscado,
As cores perderam o viço, como flores murchas.
A noite, vista da janela, não tem mais o mesmo encanto
Minh’alma, outrora sossegada, padece
A cama, outrora meu conforto, tornou-se meu tormento.
A noite, minha favorita, companheira de angústia e sofrimento
Busco, nela me fortalecer, para que o amanhã, venha sem tortura.
Esse me foge por entre os dedos feito água,
Feito a brisa que ora toca minha face, sem que eu possa retê-la.
Assim tem sido meu viver, desde que partiste, desde que não mais pude vê-la.
Carlos Silva
Pedro Avelino -RN- 19/02/2012