Última Vez

Não tenho bola de cristal

Nem sou vidente

Não sou adivinho

Nem o é o meu vizinho

Sou filho do Divino

Mas não sou Deus

Nem hebreu, nem fariseu

Não possuo ás de copa

Nem varinha de condão

Como vou saber então

Quando à minha porta baterão ?

Eu só sei que não sei

Quando será a última vez

Que poderei te falar

Dos meus sentimentos nobres

Feitos de ouro e cobre

Também de ferro corroído

Como linho de algodão

Tal qual de fio puído

Quando será a última vez

Que olharei nos teus olhos

Te darei um abraço fraterno

Rabiscar uma frase romântica

Na última folha do caderno

Não há domínio da vida

Vida está sempre por um fio

Ainda que não se desconfie

A vida é caminho em desalinho

Trilha em lâmina de navalha

Talho repentino a luz se apaga!

É uma chama efêmera

Cujo pavio de morrão

Se acha que se tem na mão

É a certeza da ilusão!!!

Não deixarei a ocasião partir

Sem falar pra ti

Tudo que precisas ouvir

Não vou esperar a última vez

Que não se passe de talvez

Talvez que não marca hora

Por isso te digo agora

Antes do clarim se calar

O que te falei nesses anos

Entre as flores que plantamos

Que EU TE AMO!

Como amei todos esses anos

Em que o amor se fez

Quando(?) da última vez

Csil
Enviado por Csil em 30/01/2012
Código do texto: T3470404
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.