O AMOR É ÁGUA DA VIDA
Teu abraço é um deque para meu corpo descansar
Tuas mãos leques suaves como pombas que me acariciam
E me fazem flutuar...
Tua boca fontes que murmuram e que mitiga minha sede
Teus olhos lagoas cristalinas em que desfilam dois cisnes de pupilas negras
Teus cabelos negros são como espessa floresta onde a lua não pode entrar, caídos sob os ombros como boiúna se espelhando remansa no rio a se mirar...
Teus lábios desejosos duas pétalas cor de rosa duas ninfas caçadoras delirando pelo beijo a se enroscar
Teus pés delicados são dois lírios acesos e mimosos caminhando e abrindo pequenos espaços pra não tropeçarem na escuridão
Teu pescoço uma elegante torre de marfim ornada por suave linha de cetim encravada por uma tênue gota de mel
Teu corpo é a indumentária sacra que veste os sonhos dos mais terríveis pecadores loucos e sedentos pra lhe arrancarem o véu
Uma lira aberta tocando um “Adagio em C Minor” que enfeitiça os homens e faz de sua cobiça uma arca de tesouro reluzente e aberta onde às mãos, como inocentes falenas nas vidraças querem se libertar...
Tu és uma deusa grega do gozo e da embriaguês o prazer elevado à terceira potencia dos deuses que te fizeram uma única vez...
Tudo que tenho de dou
Porque me dás tudo que tenho
O que julgo que não posso de dar
Ficará pro infinito cósmico...
Única coisa que não tenho
É o amor que eu não tenho pra te dar...