QUANDO O PERDÃO SE PERDEU NO VENTO

Eu nunca mais busquei seu rosto no ar

Crente ter sido levado com o vento

Ou por ter sido rude, pois rude fui

No turbilhão de palavras que voaram.

E não busquei um pensamento calmo

Quando tudo eram trevas e medo

E eu pensava ter sido deformado

Pelo o interminável temporal de insetos.

Talvez pensasse que você viesse no vento

(erguidas e rijas as velas da sua coragem)

E pétalas de flores docemente plainassem

E o bálsamo do perdão se fizesse no ar.

Eu não imaginei, eu tive medo, errei

Por não ter gritado aos ventos: - desculpe!

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 13/12/2011
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