Teu modo de me querer

Não compreendo de fato

Teu modo de me querer

E a afeição que pretendes me passar...

Há sempre um desacato

Um modo rude de ser

No teu jeito de amar

Tens-me tão cativa e leal

Voltada apenas pra ti

Em devota adoração

Julgas-me, no entanto, tão mal

Desacatas e apenas ri

De minha terna afeição...

Quando queres, me agrada

Cobres-me de dengo e carinho

E me alegras sem razão...

Mas displicente me arrasa

Ao sair de meu caminho

Em busca de outra emoção

Dias passam e tu retornas

Acenas em doce meiguice

Como se fosse saudade

Minha alma dolorida te acolhe

Como se a dor não existisse

Em pretensa naturalidade

Não posso mesmo entender

O que se passa contigo

O que desejas impor...

Buscar o teu bem querer

É como se fosse um castigo

Abrigo que me causa dor

Há de haver uma razão

Que te faça ser assim

Difícil de se compreender...

Amor é mais que paixão

Ilusão que não tem fim

Que valoriza o viver

Um dia, talvez, eu me canse

Desista de te esperar

Negue-me a te receber

Não mais será importante

Se tu sabes mesmo amar

Nem teu modo de querer

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 11/07/2005
Código do texto: T33086