CARÊNCIA
Sempre achei que eu me bastasse,
que a carência jamais me dominasse.
Achava que ser carente
era, simplesmente, indecente.
Tinha discurso definido
com padrão estabelecido:
"devemos nos bastar;
o que vier, será pra completar".
Vejo-me agora, porém,
absurdamente refém
do seu amor e carinho.
Sem você, sou ave sem ninho,
estrela que perdeu o brilho,
trem que anda fora do trilho.
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RJ,25/06/11