QUIMERA
Sou sobras do teu outono
Enquanto já és primavera,
Padeço com teu abandono
Adormeço a tua espera.
Tuas flores roubam-se o sono
Tua beleza faz-me fera
Tantos são os teus donos
E você minha quimera.
Meu coração empoeirado, sem trono,
Parado na velha Era
Vão-se os dias, meses, anos...
E você? Quem me dera.