VIELAS

Deixe meu riso sair.

Estou presa em uma jaula...

E histérica entre os bêbados!

Sou angústia, tristeza e desespero.

A minha alma vive angustiada

E meu corpo aguarda o degelo.

Só ao teu lado fico sem jeito...

Quero a última lágrima desse amor.

Que me encharca, sangra e despe.

Um amor avesso a todos os defeitos,

Agridoce, ocre, rarefeito.

Vejo o relógio derretendo, placidamente!

Repito-me, não reflito e bocejo.

É tudo uma farsa:

Finjo que estou viva e você me mata.

Lavei os pratos,

Arrumei a casa...

Queria beber o que te mantém sóbria!

Não quero explicar minhas palavras,

Fecho a porta.

Os cubos repetem-se...

Meu humor foge para vielas e me deixa tonta.

Rosa Sousa
Enviado por Rosa Sousa em 14/01/2011
Reeditado em 16/09/2016
Código do texto: T2728820
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