A CARTA
Cibele Carvalho
 
 
 
Enviei-lhe uma carta
 
- que coisa mais antiquada -
 
dizendo-lhe que entre nós
 
não haveria mais nada.
 
Espero que a receba
 
- que pretensão a minha -
 
com a dor que eu sentia
 
ao pôr as palavras nela.
 
Foram palavras lavadas
 
com as lágrimas derramadas
 
dos meus olhos, sobre ela.
 
Quem sabe, um pouco da mágoa
 
que sentia no coração,
 
desfaça-se no caminho
 
e você não a sinta, então...
 
De qualquer jeito, saberá
 
que pra nós, ela servirá
 
no dia em que acontecer
 
do nosso amor fenecer.
 
Pode ser agora... ou nunca.
 
Isso não dá pra prever!
 
 
RJ, 04/09/10