Debalde é a Saudade

Venha nesta noite chuvosa e lúcida

e rasgue na sua chegada as cortinas do arrebol...

E sem que te digas nada,

nos meus olhos encontre as palavras...

Serei de todo teu

ó desvairada e alucinada nevoa duradoura, estrela de prata,

o premio dos tolos, um rico embate num inusitado momento...

desperte... desperte ao romper da alva,

e jamais fechara teus olhos para te lembrares

desta rica em polvorosa noite tempestuosa!

Venha ser presente

ó inexistente a doçura, espada embainhada,

que o amor do legado a vasta candura

siga pelo veio do futuro a verdade

pois que vã é toda a saudade!