TUDO O QUE HAVIA...

Tudo o que havia para falar, eu falei.

Não sei se consegui ser compreendida...

Como adivinhar o impacto de palavras de amor

Na vida daquele que aqui já não está?

Tudo o que havia para sentir, eu senti.

Não sei se fui capaz de traduzir tanta emoção...

Como ver a reação que desejamos seja sentida

Naquele que decidiu partir e não mais está?

Tudo que havia para sonhar, eu sonhei.

Não sei se tais desejos criaram algum futuro...

Como saber o que se construiu para o amanhã

Se aquele que deveria sonhos compartilhar, já não está?

Tudo que havia para realizar, realizei.

Não sei se violei o direito alheio de não querer-me...

Mas como acreditar que já não se é amado

Quando nossa própria vida se sustenta nesse ideal?