Recado
Cibele Carvalho
 
Quando a saudade de você aumenta,
eu imploro, aos céus , uma palavra
que me venha da sua boca amada
e acalente minha alma apaixonada.
 
Quando a falta do seu SER me invade
- e isso é constante, na verdade -
meu corpo por seu corpo anseia
e, febril, se aquece e incendeia.
 
Eu vivo à mercê  desta paixão
e perco os resquícios de razão
que tento, inutilmente, conservar.
Ah, garoto, o que é que você tem
que me torna, assim, sua refém?
 
Que segredos, em si, você esconde,
quais são as armas com que se arma
que, sem esforço algum, me desarma?
Sinto-me atrelada a você
- não preciso dizê-lo, você vê.
 
Tenha cuidado, por favor, comigo,
não me prive do seu contato amigo,
não me deixe, jamais, sem ter você.
 
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RJ, 03/04/10