MARCAS
Cibele Carvalho
 
 
Em algum lugar da minha mente
 
a que não tenho acesso consciente,
 
uma parte de ti, em mim ficou.
 
E, na inconsciência que o sono traz,
 
dos pedaços de ti, eu corro atrás
 
pra resgatar aquilo que sobrou.
 
Só me dou conta dessa realidade,
 
quando tua imagem  o meu sonho invade,
 
e traz de volta um tempo que passou.
 
Se o que vivemos foi pouco e está distante,
 
como explicar a presença constante
 
do teu semblante dentre os sonhos meus?
 
Talvez as marcas de ti  que em  mim ficaram,
 
sejam maiores do que imaginaram
 
e admitiram, os desejos teus...
 
Maior ainda do que eu gostaria
 
e certamente admitiria
 
 a  vã filosofia dos preceitos meus.
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RJ,06/01/10