Antagônicos

Antagônicos

O amor, o ódio

O belo que virou feio

O doce sentido do féu

O príncipe virou sapo

A gentileza passou a ser indiferença

As palavras foram lidas pelo vento

Que a brisa breve soprou

A princesa virou farrapo humano

O amor farrapo esfiapado cravejado pelo ódio

Ah! O amor dissimulou, mentiu...

A máscara caiu...

E as palavras ecoam no meu pensamento, a dor do amor perdido

O ódio, meu doce companheiro

A verdade da sua mentira amarga

A doçura da sua traição

O romance perdido para outrem

O sapo virou príncipe em outro castelo

E no triste entardecer da manhã

Com o mar a molhar a luz do sol

Eu me vejo te fitando ao longe

Tão longe que seu olhar encontra o meu

E o pulsar do meu coração sente a calma da sua respiração

E a solidão de estar a li, perto e longe

Dita o fim

E o ódio, o amor

O feu doce do amor

O feio é tão belo

O sapo é um príncipe

E a indiferença do seu sentimento

Me fez ser gentil ao dizer adeus.

Claudia Paschoal
Enviado por Claudia Paschoal em 26/01/2010
Reeditado em 26/01/2010
Código do texto: T2051188
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