Antagônicos
Antagônicos
O amor, o ódio
O belo que virou feio
O doce sentido do féu
O príncipe virou sapo
A gentileza passou a ser indiferença
As palavras foram lidas pelo vento
Que a brisa breve soprou
A princesa virou farrapo humano
O amor farrapo esfiapado cravejado pelo ódio
Ah! O amor dissimulou, mentiu...
A máscara caiu...
E as palavras ecoam no meu pensamento, a dor do amor perdido
O ódio, meu doce companheiro
A verdade da sua mentira amarga
A doçura da sua traição
O romance perdido para outrem
O sapo virou príncipe em outro castelo
E no triste entardecer da manhã
Com o mar a molhar a luz do sol
Eu me vejo te fitando ao longe
Tão longe que seu olhar encontra o meu
E o pulsar do meu coração sente a calma da sua respiração
E a solidão de estar a li, perto e longe
Dita o fim
E o ódio, o amor
O feu doce do amor
O feio é tão belo
O sapo é um príncipe
E a indiferença do seu sentimento
Me fez ser gentil ao dizer adeus.