MEU REDUTO

A arte livre

está morrendo,

restou apenas

esta caverna

p'ra te amar

A longa especulação

se instala,

o inquisidor

desenha sex'viagens

na prancheta

O céu avermelha

do sonho desfraldado

do anjo que navega

sobre caveiras,

sinos revoam morcegos

Harpas flamejam gritarias

aonde estátuas

mudam expressões

porque uma nova religiosidade

é centrada no amor despudorado

Ousarei outra aventura?

as muralhas erguidas

das pedras vindas da lua

não impedem o mar,

na chama eterna escrevo a despedida

certo de que só o amor

por ti a mim entregue

no bosque mágico

é a chave da outra vida:

lá, o teu lado é o meu reduto

o teu amor o levante do ser