Intuição
Ouço o meu silêncio
na brisa noturna da varanda...
Ouço o tilintar das grades do meu coração
a tentar salvar a esperança...
Queria não ouvir a intuição;
queria acreditar na boca do vento
e na canção que me traz esse amor...
porém a vida ensinou-me a fragilidade do ser
e a alma retorna com a insegurança
dos dias distantes e das longas horas de solidão.
Mentir para quê?
Talvez o tempo passe mais depressa
do que se possa perceber
e a música sempre toque tarde demais,
não sei...
sei apenas da sendibilidade de meus dedos
a percorrer as imperfeições de tua essência,
insistindo no aviso que cansei de saber
pela existência.