MÃOS



Já nem lembro quando
as minhas mãos esquecidas
estiveram contigo,
ao alcance das mãos.
Não sei se despertas,
à luz das manhãs,
não sei se quietas
e crepusculares,
não sei se vulgares
no noctambulismo...
Será que as minhas mãos
ao alcance das tuas
tocaram os meus sonhos
em teu coração?
Ou será que, medrosas,
apenas calaram,
sensíveis, nervosas,
tementes do não?

Odir, em passagem domingueira