Amor e alma

Quando olho para você mergulho em

minha alma de profusão ardente e sensível.

Esqueço o tempo que se faz presente no

momento imaginário e me faço construção

sólida de um sentimento absurdo e doido.

Para que a emoção traduza em versos

belos as palavras que se calam em minha

garganta estou delineando o sentido

inexato do amor.

Lembro-me de deuses no que sei de

Eros e Psiquê, o amor e a alma

em profunda comunhão.

E a alma resvala para o abismo

da solidão que sinto, descontente com os

caminhos a seguir.

Sou prisioneira do corpo que reage

aos estímulos da alma na visão

do objeto de desejo.

Refúgio-me inerte banhada por

lágrimas que brilham em meus

olhos refletindo a sofrida partida

de um dia sem fim.

Quisera ser flor ao início da

primavera e tornar-me semente de

fruto doce e suculento que

espalha sabores em minha língua.

Finalizo estas linhas confessando

o segredo do amor que vem

inserido na alma.

E não posso...

E não devo...

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 18/06/2009
Código do texto: T1655443
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