Alma despedaçada

Já é madrugada.

Quase dia novo que desponta no horizonte.

Estou sozinha divagando sobre acontecimentos

que me fizeram despertar para o mundo.

E penso em você.

E não tenho você.

A minha alma está despedaçada,

pois sente muito a sua falta.

No contexto do inesperado você surgiu.

A madrugada de hoje é fria e solitária.

Imagino se você dorme agora.

Se está tranqüilo.

Se o coração bate no ritmo normal.

O meu coração vive aos pulos na ansiedade

quase dolorida que fere o meu peito.

Suspiro na delícia dos momentos que

juntos passamos e a fome que sinto de você

não pode ser saciada.

Estou sobrevivendo no meio do deserto.

Ao longe vejo um oásis que pode

ser apenas uma miragem.

Sua fotografia olha para mim descansando

em meu travesseiro e cama vazia.

Sinto o seu perfume por onde quer que eu vá.

Não entendo como posso estar com a alma

despedaçada se eu apenas quero ter

você em minha vida preenchendo a

solidão que insiste em fazer morada em mim.

Não sei se fico ou se vou.

Não sei de mais nada.

Não sei se me permito tudo ou se

esqueço o que o coração me faz lembrar.

E tudo se resume ao que agora por você sinto.

E tudo é apenas amor.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 16/06/2009
Código do texto: T1652015
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