Abrolhos Abruptos

Sabe espelho, eu não sou mais um menino

Mas ainda erro como se fosse

Eu não consigo ser forte pro meu caminho

Minha vida não é doce...

O sol não me anima pra tentar outra vez

Eu não quero outro vinho

E pouco importa o que dizem as leis

Sou um barco navegando sozinho

Andorinha que se perdeu do bando

Ovelha desgarrada

Assando em fogo brando

Esperando não dar em nada

Riscado de facas caminha o amor

Manco, golpeado, ferido de morte

Mais do que nunca associado à dor

Padece além dos montes

Lágrimas salgadas

Doce dor

Pétalas arrancadas

Da rosa do amor

Navego perplexo por elas

Possivelmente te encontraria já que estás em tudo

Mas sempre, em colisão recolho as velas

Nesses Abrolhos Abruptos

Um punhal, um cálice e uma vela

Nas bordas da taça teu batom

A lua aparece na janela

Fechando o cerco da emoção

E eu sou levado pelo tempo

Três anos mais tarde

A reacender sem nenhum alento

A brasa do amor que ainda arde..

Ferida e sem coragem...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 26/04/2009
Código do texto: T1560583
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