A pressa de ser oque resta.

A espera

Meu corpo sem correntes,

Sem correntezas, sem circulação.

Na inércia

As horas vazias

A queda

Meu corpo em coma

A ferida

Meu corpo enfermo

O cão, a cama, o chão

A base, o espelho, sua mão.

O bloco, a reflexão

A teia, a pia, o grão

O dedo, teu rosto,

O começo, verão

Quem teu nome

Criança minha

Tome conta

Minha paz tua

Aliança, a hora

Por agora se faz

A pressa de ser oque resta

Alegria de ter e ser

O tesouro que a ti restou

Meu ouro, jóia, precioso

Nada, mão vazia

Peito nu, coração

As janelas, a luz, os panos

O Sol em desaceleração

A distancia, um vazio, um buraco

Um vácuo ao lado, a depressão

Correnteza, correntes da solidão

A pressa de ser oque resta

E ser, o estar, o ter, o amar

Enfim chegar, te abraçar

Desacelerar, pousar

Cabeça, lágrimas, pulso

Impulso, de pensamentos

À realidade, da saudade

Vencida, morta esquartejada

Por teu conforto, afago, consolo

Oque preciso, nada além.

Steven Julie
Enviado por Steven Julie em 13/05/2006
Reeditado em 19/05/2006
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