SABER AMAR
Saber amar é sentir as mãos aquecidas da paixão
É emanar desejo pelos poros
Especializando-se no tempero das carícias
Saber amar é doar-se por inteiro
É embriagar-se de regozijos e sensações
Em espaços recheados de chamas
Saber amar é repartir com o outro o arfante
Do perfume embevecido de sedução
Da sonância dos acordes que se sobrepõem à razão
Saber amar é sentir o respirar profundo dos beijos adocicados
Dos voláteis abraços envoltos de emoção
Dos suspiros poéticos de conotação
Saber amar é vibrar a cada minuto as cordas do querer,
Do sentimento de completude infinda
Do vivo entusiasmo pela vida
Saber amar é violar pouco a pouco as regras do real
É considerar como válido o refúgio do prazer
Buscando-se o equilíbrio da conjugação palpitar
Saber amar é sentir o toque do deságüe labial
O suspirar do coração que balouça
O entrelaçamento do olhar conturbante
Saber amar nada mais é do que viver intensamente
Enlaçado pelo momentâneo pulsar
Envolvendo-se sem a preocupação de um possível despertar