Tua ausência

Uma tarde num dia de chuva leve,

Outono do corpo que, assim, se estende

ao inverno da alma que tanto entende

o quedar do dia, pausado e breve.

Nela, o tempo passa e é sorrateiro,

Querendo estar, parar em cada hora;

O segundo lento no minuto chora

Tua ausência, um vazio derradeiro.

Ela é física, tão bem posso saber,

Pois, em mim, continua solta e a crescer

Tua imagem, sem limites, sem parar...

E isso me põe para além de louca

Já que o paraíso, da tua boca,

Não posso e tu não me deixas desfrutar.

Sol Galeano
Enviado por Sol Galeano em 28/01/2009
Código do texto: T1409290
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