Amor proibido
Há um eu te amo posto em cada canto
Da minha casa, tão singelo templo;
Há um mar aberto que então contemplo
Todas as vezes que por ti me encanto.
Por seguir meu íntimo sempre assim,
Oscilando entre o efêmero e o infinito,
É que vôo para longe e renito,
Plantando poesias num jardim.
Oculto tudo em mim a cada dia,
Na razão que severa parodia,
Tornando o sonho em triste concretude.
Esconder o quê se esta vida passa
E com ela todo o sabor, toda a graça
De um viver total e em plenitude?