QUANDO

Insondável menina,
Inocência cativante,
Olharzinho tão bonito,
Me mirou dentro das retinas,
Talvez, mirasse distante,
Além do meu espírito,
Dos meus desgastados ossos,
Em um tempo, não nosso,
Talvez, procurasse em mim,
Algo que não teve,
Que a deixasse mais leve,
Borboleta sobre o jardim,
Encantando os florais,
Voo poetizado,
Matizados traços,
Surpreendente menina,
Disposta a mudar a sina,
A amenizar a saudade,
De alguém ausente,
Me deixou desarmado,
Com uma lágrima pendente,
Quando me deu um abraço,
E me disse com suavidade,
- Eu sei; tenho a sua amizade,
Mas, posso chamá-lo de pai?

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FELICIDADE 

Que beleza deve ser,
encontrar um amor assim,
um encanto esse querer,
na certa é um querubim,
que aqui veio pra testar
a natureza do homem,
que a inveja consome,
e a ambição faz errar.
Totalmente desarmado,
tu nem olhaste pro lado,
aceitaste a amizade,
que te chegou de improviso,
pôs nos lábios um sorriso
e, todo felicidade,
adentraste o Paraíso.

(HLuna)