CORPO NU
Tomei uma chuvarada
E atravessei a sala
Onde os espelhos
Refletiam
O meu corpo nu
Fui até a sacada vendo
Pessoas que passam apressadas
Na rua, outras sentadas
Na calçada
Sem fazer nada
Carros indo e vindo
Arvores balançando ao vento
Mitificando o momento
Enquanto o céu permanecia azul
Essa liberdade de corpo livre
Em movimento
Rasgando o tempo
Sem definir equações
Sem decifrar enigma
Apenas numa leve
Preguiça
Assim continuar
Sem ninguém a olhar
Pra definir esse instante
Que me faço livre, no ar
E, nessa liberdade sem freios
Nada é feio, belo é assim ficar
E continuar...
Repito isso sempre
Quando estou só!
Quando me faço ficar...