CORPO NU

Tomei uma chuvarada

E atravessei a sala

Onde os espelhos

Refletiam

O meu corpo nu

Fui até a sacada vendo

Pessoas que passam apressadas

Na rua, outras sentadas

Na calçada

Sem fazer nada

Carros indo e vindo

Arvores balançando ao vento

Mitificando o momento

Enquanto o céu permanecia azul

Essa liberdade de corpo livre

Em movimento

Rasgando o tempo

Sem definir equações

Sem decifrar enigma

Apenas numa leve

Preguiça

Assim continuar

Sem ninguém a olhar

Pra definir esse instante

Que me faço livre, no ar

E, nessa liberdade sem freios

Nada é feio, belo é assim ficar

E continuar...

Repito isso sempre

Quando estou só!

Quando me faço ficar...

JORGE BRITTO
Enviado por JORGE BRITTO em 04/03/2008
Código do texto: T887333
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