Tímido raio de sol

Na mente, labirintos sem fim,

Sentimentos abstratos movem-se lentamente,

Como sombras dançantes em um quadro surreal,

Um duelo interno entre o ser e o nada.

A tristeza, nuvem azul acinzentada,

Flutua silenciosa, sussurrando segredos,

E a esperança, mariposa dourada,

Esconde-se nas esquinas de sonhos desfeitos.

Medos esvoaçam como pássaros de tinta,

Desenhando formas que se dissolvem no ar,

O amor, eco distante em mares de incerteza,

Navega por entre vagas de solidão e desejo.

Pensamentos entrelaçam-se como raízes de névoa,

Crescendo em direções opostas, buscando a luz,

A coragem, raio tímido de sol,

Penetra as fissuras da escuridão no peito.

Em cada respiração, um suspiro de luta,

A alma reveste-se de cores invisíveis,

Um quadro vivo de angústias e esperanças,

Onde desenha-se a própria redenção.

No horizonte do ser, um amanhecer inquieto,

Tintas de emoção misturam-se em caos harmônico,

E aos poucos, descobre-se a beleza oculta,

Nos traços imprecisos da jornada interna.